quinta-feira, 26 de março de 2009

Entendendo a crise - Parte III

Olá pessoal!
Depois de alguns dias, volto aqui para continuar sobre a 'história' da crise que 'começou' ano passado.

Como citei anteriormente, vamos ver nessa parte como nós aqui no Brasil fomos antingidos pela crise de um, digamos pequeno, setor da economia norte-americana.

Dado que a crise começou a causar demissões em massa nos Estados Unidos, muitas pessoas retiraram o seu capital investido nas bolsas de valores de toda aprte do mundo, assim, cada dia haviam mais quedas, pois o importante era ter o dinheiro vivo, não imporando a quantia. A Bolsa de valores tende a antecipar o que acontece no mercado real, portanto, com um cenário de quedas constantes, indica que a economia pode ir pior do que está no momento.

Lá no primeiro semestre de 2008 o Brasil recebe um 'prêmio' que era tão esperado, o tal do Investment Grade(comentado na seção Iniciantes, nos links ao lado), que seria para o Brasil, uma chance muito boa de crescimento, com novos investimentos estrangeiros e tudo mais. O céu era de brigadeiro, muita gente começando a investir, pessoas físicas começaram a abrir contas em corretoras, chegando a um nível de crescimento nunca visto anteriormente.

Passados algumas semanas do Grau de investimento, a bolsa começa a derreter, ocorrendo o que citei antes, sobre a venda de ativos dos investidores estrangeiros. Ocorrendo essa queda, muita gente do nosso país também resolveu vender as suas ações, antes que virassem pó, ocasionando assim, quedas bruscas, onde algumas vezes os pregões tinham de ser interrompidos.

A crise não pára pela Bolsa de Valores. Com essa fuga de capital estrangeiro, e a taxa de juros que vinha em declínio, começa a ser o alvo das discussões, alguns dizendo que tinham que aumentar, outros dizendo que tinham de baixar, na realidade em meio a tanta confusão, nem sabia-se o que poderia acontecer.

Como o Brasil é um país exportador de muitos produtos, alguns dos países que compravam produtos nossos, pararam de comprar, uma vez que não necessitavam tanto quanto outros, pois afinal, agora a situação era de racionalização. Com menor consumo internacional de bens, a indústria diminui as produções, ocasionando assim uma diminuição nas horas de trabalho e até mesmo alguns desempregos.

A tal da 'Marolinha' que o presidente se referiu, creio que tenha sido somente para tranquilizar as pessoas que estavam mais 'desligadas' do cenário econômico internacional, isso porque, podemos comprar a um Tsunami. Imaginemos a seguinte cena: Você está na praia, tomando um sol, uma beleza, quando vê, o mar começa a recuar muito. Todas as pessoas em um raio a partir de 50 metros começam a correr, algumas a sua volta ficam paradas, tomando sol. Você vê que todos àquela distância correram, mas fica ali, parado e quando vê um esperto, que sabe o que está acontecendo, vai e diz: "Não é nada, é só a maré baixa" e quando você menos espera - por ter confiado na palavra do cara 'esperto' que estava do seu lado - vem uma onde gigante e leva você e tudo o que estava perto, adiante. Nisso vemos como o Brasil foi e está sendo atingido. Aqueles que sabiam o que estava acontecendo, sabiam que o fundo era muito mais grave.

Mas o fato é que agora estamos passando por um dos piores momentos até agora, onde várias empresas estão demitindo, o governo tenta impulsionar o consumo interno para que as empresas sigam produzindo bastante, mas o resultado apesar de benéfico, é insuficiente.

Bom pessoal, por enquanto é isso, espero que tenha coneseguido repassar alguma coisa do que está acontecendo. No próximo da série, e talvez último, abordarei sobre o possível caminho e o que pode vir a acontecer ainda.

Abraços e obrigado pela visita

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