quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O verdadeiro "Faça o que eu digo mas não faça o que eu faço"

Olá leitores!

Retomo vagarosamente às atividades do blog, com uma paciência enorme para fazer um trabalho bem feito e de acordo com o que vocês merecem e querem ler. Não posso deixar de externar alguns sentimentos, pois sim, mesmo atuando entre sistemas e tudo mais, ainda temos sentimentos no mercado financeiro.

Tratarei aqui, de modo mais breve possível, de uma história pessoal mas que pode ser a realidade de muitas pessoas que estão ou estiveram dentro do mercado de ações. Começando, iniciei a investir em ações aos meus 18 anos, hoje, algo como 5 anos e meio atrás, após estar cansado de ter dinheiro em dólar e coisas assim, que eu nunca via render, pelo contrário, naquela época o dólar, que eu havia comprado por indução de meu pai, estava caindo dos R$ 3 reais para algo como R$ 2,80, valor este que eu havia comprado, em média. Não era muito, mas para um jovem de classe média-baixa era considerável.

Vendi os dólares! Fui em uma corretora de minha cidade, em um dia de verão chego de chinelo, bermuda e um suador, era um tanto quanto ingênuo em ir em um local daqueles desse jeito, mas fui muto bem atendido e abri a minha conta na semana seguinte. Comecei a pesquisar, entrei em IPO's, quanto era o grande negócio, onde rendia valores em torno de 10-15% na abertura. Nesse primeiro ano de investimentos ganhei muito dinheiro, as IPO's mantinham minha carteira com boa valorização, em torno de 20% ao mês. Essa safra se manteve pelo primeiro ano e mais um pouco.

Após isso já estava especulando com outros ativos, embora que meus assessores me falassem que era ruim para investir com o pouco capital que tinha, devido as taxas. Busquei nos 'micos' uma alternativa. Conseguia ganhos bons com eles, embora houvessem os riscos elevadíssimos. Seguidamente me ligavam da corretora, para perguntar o que eu iria fazer e que ativo eu estava observando. Sempre 'micos' mas que dada a consistência dos ganhos, despertava o interesse dos operadores. Mas para mim, era uma diversão.

Um tempo após, vendo meus ganhos, alguns amigos pediram para eu investir para eles, como nunca fui agente autônomo nem nada, neguei. Mas após grande insistência, reuniões e avisos, me passaram algum capital para investir, deixaram-me com valores que eu jamais tinha movimentado em minha conta. Depois disso, algumas operações irregulares aconteceram por onde eu costumava investir, minha carteira, que nesse momento já era mais de quem havia partilhado o seu capital comigo do que minha, sofreu uma desvalorização de 30% aproximadamente. Fiquei chateado, pois eram operações, digamos, quase não autorizadas. Recuperei tudo rapidamente, troquei de escritório de investimentos. Nesse meio tempo conheci o Moacir Zamin, investidor, educador e empresário... Em conversas com ele, que se mostrou uma pessoa magnífica, percebi o quanto tempo havia perdido, e que já poderia estar quase milionário, embora tivesse começado com muito pouco capital. Nesse momento caí na realidade, que o que eu encarava como brincadeira, sem margens, sem controle, mas que por motivo do destino talvez, estava dando muito certo, poderia ser algo que de fato era muito sério e que poderia mudar a minha vida em pouco tempo. Fiz alguns cursos do Moacir na Escola da Bolsa, em Porto Alegre, e de fato vi onde estava errando esses anos todos. Vi que era algo simples, só tinha que ter um objetivo e saber como buscar esse objetivo!

No escritório que eu havia transferido meu capital, comecei a fazer algumas operações como sempre foi, boas. Tive lucros interessantes operando sozinho, por vezes meu assessor ditava alguns papéis mas sempre me deu total liberdade, tanto que até por vezes eu indicava papéis para eles. Infelizmente trocaram de corretora, tudo virou um comércio e eu não me dei conta. Começaram a querer fazer operações em outras áreas, de derivativos, e algumas em ações também. Tentei apostar nessa nova ideia, uma aposta de dois meses quase que tomou 50% do meu capital. "Meu", que já não era meu.

Fui para um outro escritório, privativo para poucas pessoas, com atendimento diferenciado. Apliquei as estratégias aprendidas no curso do Moacir, tive lucros bastantes consistentes, mas não aguentava mais a pressão de ver a minha carteira operando com cifras em torno de 50-60% menores do que as que eu costumava operar com capital meu e de quem havia me emprestado. Seguindo as estratégias, que por muitas vezes compartilhei aqui no blog, tive uma recuperação importantíssima, mas acabei devolvendo o dinheiro para quem havia me emprestado, devolvi os mesmos valores que me deram, abrindo mão de meus próprios valores, afinal, era o mínimo que eu poderia fazer.

Hoje, volto a analisar o mercado, volto a analisar gráficos. Ha uma semana tenho acompanhado quase que diariamente o mercado financeiro. Estou hoje com valores inferiores aos que iniciei quando eu tinha 18 anos, mas fica a importante dica, faça o que você se sente confortável, nunca entre em estratégias que não sejam as suas e tenha domínio sobre o seu capital.

Estou aplicando uma estratégia bastante interessante, que se mostrou muito positiva e qualificada para investidores moderados. Criei, com o tempo, alguns costumes e regras, como por exemplo: Evito operar day-trade, em geral, operado swing-trade, ou seja, operações com duração de poucos dias. Evito operar opções, opero somente ações, em especial papéis de segunda e terceira linha. Ações de primeira linha depende do gráfico.  Outra regra que tenho é não operar utilizando somente gráficos, mas mesclando com notícias e informativos midiáticos.

Além do mais, para finalizar, seguirei com o blog, pois comecei a investir, ganhei muito dinheiro e nesse meio-tempo aproveitei muito a vida e ajudei bastante gente, não só a investir, mas quem de fato necessitava, e assim seguirei, atualizando o blog, agora com trades que faço ou que estou pensando em fazer, com seus respectivos pontos de entrada e saída, para que todos possam ter acesso à minhas análises de modo fácil.

É longa, mas é essa a mensagem pessoal! O mercado está sempre aí, não podemos é nos lançar no mercado como um barco sem motor se lança ao mar. Temos que ter sempre o que queremos e como podermos chegar lá!

Deixo um abraço a todos os que por aqui passam e ainda tem paciência em ler textos como esses.

Obrigado pela visita!
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