sábado, 21 de março de 2009

Entendendo a crise - Parte II

Continuando...

A dificuldade dos norte-americanos em se manter com seu emprego, e com os seus bens continua. Acabam ocorrendo demissões em massa, uma vez que o consumo decaiu bastante, e a procura por determinados produtos praticamente inexiste mais.

Com isso, o governo daquele país decide por importar o mínimo possível de outros países. Acontece que muitos países possuem produtos que o seu principal destino é os Estados Unidos. Ocorrendo esse bloqueio de importações, outros países tem de produzir menos, não sendo necessários tantos postos de trabalho.

Junto com tudo isso, aquela parte das pessoas devendo para os bancos, deixam essas instituições em pânico, por muita gente tirar dinheiro de investimentos, afim de pagar as dívidas. Para acrescentar ao texto, é bom salientar que nos Estado Unidos, o investimento em bolsa de valores é muito comum, é como se fosse uma poupança no caso do Brasil. Com muita gente tendo de retirar os seus investimentos, as bolsas começaram a cair, ocorrendo um efeito dominó. Uma vez que as instituições norte-americanas estão presentes em todo o mundo, por meio de filiais ou representações, milhares de pessoas do país do Tio Sam tinham contas na China, na Alemanha e até mesmo no Brasil. Todas elas tiraram seu capital dos países, para sanar as dívidas do crédito imobiliário e para sobreviver. As bolsas caem muito.

Começaram a ser apresentados cada vez mais, resultados neativos de empresas e dos próprios governos. Países europeus registram queda de turistas norte-americanos, deixando assim de circular mais capital no mercado deles. A crise afeta a europa por inteira, em especial nos grandes bancos mundiais e agências seguradoras.

Os bancos divulgam resultados negativos e cada vez piores. Alguns chegam à falência. Então o governo norte-americano, com especialistas em mercado, tentam prever o fundo do poço. Estimaram entre 3 a 4 Trilhões de Dólares, ou seja, $3.000.000.000.000,00. Resolveram então, injetar dinheiro na economia. Como? Tentando cobrir as dívidas dos bancos e empresas consideradas como gigantes. Em vão. Por quê? Simples, a dívida aumenta a cada dia mais. Imaginem um juros de 0,5% ao mês de 500 bilhões de dólares, fora que cada dia aparecem mais devedores.

Após um mês, há estimativa de que o buraco seja maior, estimado em 7 Trilhões de Dólares. Na verdade ninguem possui uma noção certa, o que leva o governo norte-americano a injetar bilhões de dólares no mercado, em vão, pelo mesmo motivo.

Empresas demitem cada vez mais funcionários e o consumo cai cada vez mais. O PIB, que é a riqueza que o país produz, fica negativa por mais de 3 meses consecutivos, sendo assim, o país está verdadeiramente em recessão.

Esse post é o segundo, e talvez o antepenúltimo. No próximo, como a crise chega ao Brasil.
Abraços e obrigado pela visita!

Entendendo a crise - Parte I

Olá leitores!

Como estão chegando ao fim de semana?

Estava aqui pensando em algo de diferente para abordar, fora as análises e 'chutes' sobre o mercado financeiro. Sei que todos nós temos alguma área preferencial, e como o objetivo do blog não é ser somente técnico nem somente fundamentalista, resolvi dedicar alguns post para tecer comentários da tal crise financeira que o mundo está passando.

Para começar, é fundamental que compreendamos o Por quê da crise, como ela surgiu e o que há de estranho nas operações.
De imediato, temos que entender, que a legislação nos Estados Unidos é de um tipo e no Brasil é de outro, em especial a legislação tributarista/financeira, então pensando assim, vamos fazer uma ligação com suposições e vamos por passos:
  1. Você compra uma casa no valor de 100 mil reais.
  2. Faz um empréstimo no banco, no valor de outros 100 mil reais, deixa como garantia a sua casa, isso chama-se Hipoteca.
  3. Com o valor do empréstimo, você compra uma casa, com um potencial de valorização bom. Aluga ela ou deixa vazia mesmo.
  4. Após 6 meses ou 1 ano, você vende a casa que comprou com dinheiro do empréstimo. Ela valorizou 50%, valendo hoje, 150 mil reais, então você a vende.
  5. Como as taxas de juros eram baixissimas, 50 mil dava para pagar tudo e ainda sobrava muito dinheiro.
  6. Assim iam sendo feitas as negociações, com valores cada vez mais altos, para ter maiores lucros.
Esse era o tipo de negociação que faziam os norte-americanos, até que, chegou um momento no qual a valorização foi tanta, que o preço começou a decair, e devido a fatores locais, os preços começaram a despencar, sendo insuficientes para pagar os bancos.
Os bancos então, como tinham as casas de seus tomadores de dinheiro sob hipoteca, começaram a leiloa-las.

Junto à isso, a inflação, que é o custo do dinheiro, quanto vale o dinheiro, começou a crescer. Para um país onde ela era praticamente inexistente, um aumento sensível foi grave. Com esse aumento, os juros tiveram de ser recalculados, para que fossem adequados ao momento. A inflação, conforme um post na seção "Iniciantes", causa uma desaceleração do consumo, então, isso e a taxa de juros com elevações constantes, os norte-americanos viram primeiro, a dificuldade em gastar desnecessariamente, começaram a ter de racionalizar os gastos, após isso, pagar as contas foi ficando complicado e por fim, já não tinham onde morar, pois estavam sem casa, afinal, não tinham o que chamamos de Lastro(suporte financeiro) para cobrir os empréstimos.

Bom, esse é o fim da Parte I, sigo na outra parte, com um cenário maior.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Ibovespa

Olá pessoal! Como estão?

Vou comentar agora o nosso carro-chefe, o IBOVESPA. Hoje tivemos um dia salvo pelas decisões norte americanas, então o nosso índice chegou a uma marca boa, mas mesmo assim, segue na tendência ladista de antes. Vi algumas análises do Márcio Noronha, que é um grande grafista que opera na bolsa e faz análises para corretoras, e como ele é um dos pilares da análise gráfica, fica complicado discordar de algo que ele tenha dito, mas sigo o raciocínio dele, crendo que ainda temos alguns objetivos para ter um resultado significativo.

Vamos ao gráfico, que já está com umas médias.

Fazendo uma análise simples e sem enrolações, temos um objetivo do índice na casa dos 43.451 pontos, ou seja, ainda temos chão para subirmos, isso nos da uns 8%. Do outro lado, temos um suporte ali na casa dos 35.600 pontos, que nos dá estimativa de que se chegar a esse preço, ainda estamos um pouco despreocupados. Então, isso conforme o gráfico diário. Também coloquei ali uma utilização de Médias Móveis(vide seção "Iniciantes") que nos indicam que estamos entrando possivelmente - no aguardo de amanhã - uma boa chance de entrar comprado no índice, sugerindo assim que ações como Bradesco, Usiminas, Petrobras, Vale, Gerdau e dentre outras, estejam em um momento positivo para a compra, no geral.

Vale resaltar que não recomendo qualquer operação com base somente no índice, isso é a título de informação.

Mas em post oportuno venho trazer algumas opiniões sobre determinados ativos. Vou analisar alguns com mais calma e então postarei para compartilhar o pensamento.

Abraços e boa quinta-feira!


terça-feira, 17 de março de 2009

Inicio da semana

Olá meus amigos!

Como foram de inicio da semana?

Hoje começo falando de uma dica que dei na sexta-feira, a respeito da GERDAU, onde indiquei compra. A dica foi praticamente que cumprida, ao chegar aos 12,41 o ativo despencou, fechando em uma queda bem acentuada. Como citei, era uma negociação bem rápida e talvez o lucro não tenha sido o esperado, mas foi alguma coisa.

Mas quem se arriscou nos fantástico mundo dos micos, e resolveu especular com a HAGA4, merece os parabéns. Eu gosto do papel, me trás boas recordações e ainda me mostra a esperança de que ainda poderá chegar a um valor bem mais elevado. Quanto? Chuto lá pela casa dos 40 reais a princípio, se passar o seu topo histórico(TH). Quem sabe após esse avanço, possa chegar aos 100 reais. Não é chute meu, há muita especulação para qu o papel atinja realmente esse valor, mas aviso, não é questão de análise técnica ou algo assim, mas é com base em uma análise fundamentalista, pois está para sair até o fim dessa semana um dos poucos relatórios com resultados positivos nos últimos 10 anos. Quem quiser entrar, recomendo nessa terça, pegar o bonde - se der - na casa dos 28 reais. Mas reforço que há um risco bem grande e é necessário ter "sangue congelado" para tal operação. A previsão para que atinja esses topos de mais de 60 reais é para daqui uns 2 meses, ou então, no máximo, até dezembro.

Agora saindo da selva dos micos, e entrando na vida urbana, hoje foi um dia complicado para o mercado, que chegou a operar em alta, mas não segurou a pressão dos vendedores e acabou cedendo e fechou no campo negativo. A 'culpa' pela queda de hoje é atribuida ao setor petrolífero e de siderurgia, com as commodities(vide seção 'Iniciantes'), de petróleo e aço em queda.

Uma das dicas que posso dar, é se tratando de BVMF3, que pel gráfico diário, ou seja, para longo prazo, está dando compra, mas pelo gráfico de 30 minutos deu venda. Amanhã vamos confirmar e ver o que nmos resta.
Outra ação que nesta terça pode nos dar sinal de compra em gráfico diário de 30 minutos, é a ALLL11, que passando dos R$ 9,10 pode ir buscar os R$ 9,30 e depois então os R$ 9,45, friso que é para um trade curto. A princípio a proporção de risco x ganho(que citei no post anterior) fica em 3,5, ou seja, é uma operação boa, mas para ter essa relação risco x ganho, tem que colocar um stop loss em R$ 9,00, limitando a nossa perda. Mas tudo depende do movimento desta terça.

Bom pessoal, acredito que para o momento seja isto.
Obrigado pela visita.

domingo, 15 de março de 2009

Relação Risco x Ganho

Olá caros leitores!

Venho hoje, nesta tarde de domingo, escrever mais um daqueles comentários instrutivos para quem deseja iniciar ou aprofundar o seu conhecimento de análise técnica e análise de risco.

Todos sabemos que investir é um risco, determinado pelo próprio 'player', que é o investidor, como chamamos algumas vezes. Cada pessoa tem uma aversão ao risco, alguns podem se dar ao luxo de perder 20%, outros 10% e alguns até se sujeitam a perder nada, para esses últimos, o lugar definitivamente não é a bolsa.

Para investir na bolsa, a pessoa tem que ter em mente que há sempre uma possibilidade de perdas. E risco nada mais é do que a proporcão contrária ao ganho possível, ou seja, quanto maior o ganho, maior o risco. Mas como fazer para saber se algum negócio é rentável ou não? Se o risco é grande ou não?

Um dos métodos para ganhar em maior quantidade e perder em menos, é a relação das médias móveis. Seguindo as médias, que falei em post anterior e que está na seção de 'Iniciantes', podemos perder várias vezes, mas perdemos uma quantia pequena, enquanto podemos ganhar poucas vezes, mas um montante bem maior, que compensa - e muito - as perdas.

Mas ha outro tipo de análise, que é um pouco mais detalhada e para faze-la, utilizaremos os gráficos. Vamos ao seguinte:

Seguindo a análise do gráfico, vemos que há uma resistência em 27,90 e outra em 27,99. Mas há um suporte em 27,45. Sendo assim, vamos supor que entramos em 27,63 ali, então temos a possibilidade do ativo subir aos 27,90 ou cair aos 27,45. Então vamos fazer a seguinte conta:
Risco de perda: 27,63 - 27,45=0,18
Risco de ganho: 27,90(primeiro objetivo) - 27,63=0,27
Agora o seguinte: Risco de ganho / risco de perda, ou seja: 0,27/0,18, o que nos da 1,5.

Eu classifico o seguinte:
  • Risco abaixo de 2: Operação insuficiente, muito arriscada, melhor procurar outra oportunidade:
  • Risco entre 2 e 3,5: Se confirmada com analise técnica, uma oportunidade boa, com um certo risco.
  • Risco acima de 3,5: Possibilidade boa de negocação, junto com as análises gerais, negócio com lucro compensatório.
  • Risco acima de 6: Te atira que vai lucrar bem... hehe piadas à parte, mas aí o lucro pode compensar bastante.
Esse é mais ou menos o método como vejo uma negociação rentável ou nem tanto. É unanimiadade que para investir tem que ter sangue-frio, mas claro, para fazer os cálculos e análises quando o papel ta indicando compra, tem que ser muito racional mesmo, é deixar a emoção de lado, senão atrapalha tudo.

Então pessoal, como esse é um tema que pode demorar a ser absorvido por cada pessoa, quem tiver alguma dúvida ou questão acerca disso, pode perguntar à vontade. Algumas coisas ainda não sei, mas o que eu souber, tiro as dúvidas.

Abraços e obrigado pela visita.
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